“Pô, seria injusto a gente perder o nosso sábado”. Com essa frase, Bruninho e Davi resumem um pouco da identidade da dupla nos palcos. Quem assiste os cantores, percebe que o lema deles, de se divertir tocando, deu muito certo. O resultado está no DVD que os meninos acabam de lançar, intitulado “Bruninho e Davi – Ao vivo em Campo Grande” e que traz desde as famosas músicas de balada da dupla (“Uisminofai” e “Se namorar fosse bom”), até regravações de clássicos sertanejos como “Trem do Pantanal” e “Página de amigo”.
Aliás, o trabalho marca também uma fase de amadurecimento da dupla nos palcos. “O lance é a experiência. Cada dia que você sobe num palco, vai subindo um pouquinho a barrinha da experiência. Você canta melhor, sabe se movimentar melhor. O grande lance é a confiança”, comentou Bruninho, antes de se apresentar no palco da Brooks, em São Paulo, em um show que marca o lançamento oficial do álbum. Davi compartilha da opinião e complementa: “A estrada te ensina muito. A quantidade de shows influencia muito para o amadurecimento da dupla. E nosso som, tudo cresceu. A empresa tomou corpo, a equipe…”.
A empresa citada pelo cantor é a BeD Produções, escritório criado pela dupla após a saída do “Brothers”, de Michel Teló. Em voo solo, os meninos já estão com planos de trazer outros artistas para perto, mas preferem não citar nomes. “É só projeto, por enquanto. Mentira… são Michael Jackson, One Direction e Rihanna…”, brinca Bruninho.
De concreto mesmo, é o projeto de verão da dupla. “Será com outros artistas, para o canal do Vevo com a Sony. E vai virar um disco no final. Vai ser no estilo ‘Bruninho e Davi convidam’. Só com outros artistas. Sambô, Onze20, Guimê, Fiuk, Jeito Moleque, Armandinho”, entrega Bruninho. “Serão músicas inéditas e algumas regravações, mas com participações que não são do sertanejo. O Fagner, por exemplo, que é brother do Bruninho”, completa Davi.
Diferencial
Para não serem apenas mais uma dupla sertaneja, Bruninho e Davi querem seguir com esse som mais pop, como o apresentado por eles em “Onde Nasce o sol”, uma feliz parceria da dupla comJorge e Mateus. “Somos dois guris de Campo Grande, sertanejos, mas que também têm outras influências”, define Bruninho. “Isso é saudável para a música. A música não tem limites”, apoia Davi.
“Nosso plano é fazer o que a gente acredita e sente no coração. Continuar fazendo o que nos deixa a vontade, como a gente faz hoje. A gente gosta do que a gente faz. Se for para a galera curtir, vai ser assim, com nossa identidade e nosso som. O Dudu (Borges) sempre colocou isso na nossa cabeça. As pessoas precisam ouvir vocês e saber que é vocês. Um dia isso vai chegar”, contou Bruninho, mostrando que não quer ser apenas mais uma voz tocando nas rádios.
Sobre essa mesmice no mercado, uma crítica frequente dos artistas mais antigos, Davi explica que o sotaque de alguns cantores pesa bastante. “Principalmente quem é de Goiânia. O campo-grandense, as vozes são bem diferentes. Se você pega os artistas de destaque de lá, o Luan (Santana), o Michel (Teló), Munhoz e Mariano, João Bosco e Vinícius, cada um tem seu tipo de voz. Em Goiânia já é mais difícil. Você acaba confundindo um pouco”.
E o que, no início, era um problema para a dupla em relação às críticas, pode acabar sendo o tal diferencial que muitos procuram. Com ou sem sotaque. “O lance é que nossa voz é bem pop, o som é bem pop, então já fica um pouco diferente. No começo, isso foi difícil, o ser mais pop. Hoje, já é bom. E a gente sempre gostou”.
Fonte: IG
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